Esta é a coluna Quem Tece a Redes, um compilado das histórias de pessoas que constroem a nossa organização e que tecem todos os dias o que fazemos de melhor: ações e projetos para moradores da Maré. Conheça aqui essas histórias, trajetórias, experiências e a própria história da Redes da Maré - e como esse trabalho e os desafios enfrentados a partir da pandemia os têm transformado.
Gerson trabalhou como motorista nas entregas e agora acompanha a equipe nas visitas às famílias com pacientes de Covid-19 pelo Conexão Saúde - de Olho na Covid. Não se vê voltando à atividade de pedreiro, que tinha antes da pandemia. Ele conta que o trabalho na campanha o fez “abrir e ocupar a mente”, o transformou e o fez enxergar como havia pessoas precisando de ajuda na Maré.
A gratidão que as pessoas demonstram ao receber apoio tem feito ele querer continuar com este trabalho. Para Gerson, é difícil explicar quanto mudou a forma como ele vê a Maré e as pessoas. Fazia tempo que o medo e a falta de vontade o impediam de circular pela Maré - e hoje é o que ele mais faz. Além de circular, ver e conhecer mais pessoas, ele contou o quanto tem aprendido todo dia com o trabalho.
Apesar do Gerson já conhecer o trabalho da Redes da Maré, por meio de sua esposa que trabalha no Eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, foi a possibilidade de colaborar na campanha, a partir da pandemia, que o aproximou do nosso trabalho e também da luta pela garantia de direitos. Mas a gente conhece bem a história dele. Ele é marido da Bruna Silva e pai do menino Marcus Vinícius, que foi morto durante uma operação policial na Maré, em 2018. Gerson, contar com o seu trabalho fortaleceu não só a você, como a todos nós. Seguimos juntos pela garantia de direitos na Maré!
Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2020.
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