Esta é a coluna Quem Tece a Redes, um compilado das histórias de pessoas que constroem a nossa organização e que tecem todos os dias o que fazemos de melhor: ações e projetos para moradores da Maré. Conheça aqui essas histórias, trajetórias, experiências e a própria história da Redes da Maré - e como esse trabalho e os desafios enfrentados a partir da pandemia os têm transformado.
Para Kamila, a psicologia atravessa todas as outras atividades que desenvolve, como a fotografia, sua grande paixão. Na Campanha Maré diz NÃO ao Coronavírus, conseguiu unir as duas atividades que mais gosta. Ela começou a atuar na organização e distribuição das cestas básicas e kits de limpeza e na digitação dos cadastros, até somar psicologia à fotografia em uma só ação: os registros fotográficos das entregas e a colheita de depoimentos de famílias. “Foi onde presenciei não só as entregas, como também as histórias”.
Kamila guarda muitos momentos sobre a pandemia e a campanha, que a transformaram. “O trabalho da Redes da Maré sempre tem um impacto no território, sempre vem para balançar algumas estruturas”. Ela acredita que durante esse período de campanha as pessoas entenderam que a Redes não é só um dispositivo que fica em determinado espaço da favela, é um lugar de acolhimento. Kamila destaca que a organização se transformou para combater o coronavírus, “foi criando vida e sentido” para as ações pensadas. “A Redes é uma mãe”, comenta”.
No futuro, a tecedora espera que as demandas mais emergenciais da população da Maré sejam atendidas. E lembra: “dentro dessa campanha eu vi a fome gritando de uma maneira muito forte”. O desejo da mareense para um momento pós-pandemia é que essa fome, que ela viu de perto, não exista mais. Kamila, vamos juntos nessa!
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2020.
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