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Helio Euclides

Transformação pessoal e profissional


Esta é a coluna Quem Tece a Redes, um compilado das histórias de pessoas que constroem a nossa organização e que tecem todos os dias o que fazemos de melhor: ações e projetos para moradores da Maré. Conheça aqui essas histórias, trajetórias, experiências e a própria história da Redes da Maré - e como esse trabalho e os desafios enfrentados a partir da pandemia os têm transformado.

Helio Euclides (46) é o nosso jornalista-memória. Ele chegou na organização junto com um dos primeiros projetos, o Nenhum a Menos, e segue na missão de informar e contar histórias sobre nosso território com o trabalho no Jornal Maré de Notícias. Dessa vez, a história que ele contou foi a dos laços que criou com a Redes da Maré e a transformação que esse trabalho proporcionou em sua vida pessoal e profissional. 

 

Helio nasceu no Hospital Federal de Bonsucesso, como muitos mareenses e viveu boa parte da vida na Rua Bela, no Parque Maré. Depois, se mudou para a Rua Ivanildo Alves, na Baixa do Sapateiro, e por último na Vila do Pinheiro. Foi a aproximação com o trabalho social que o fez optar pelo curso de jornalismo. Antes mesmo de trabalhar com o Maré de Notícias, Helio contribuiu com o jornal O Cidadão, ainda em formação na profissão.

Os principais momentos da vida profissional e pessoal Helio passou junto da organização, que ele considera como uma família. Ele também conheceu sua companheira no trabalho: Viviane coordenou o ‘Nenhum a Menos’ e o casamento aconteceu no ano que o jornalista começou a trabalhar na Redes, em 2008. “Eu me transformei muito na Redes. Eu e minha esposa nos conhecemos e crescemos aqui.” A filha deles, Angela Maria, herdou o espírito comediante do jornalista, ela brinca: “o que é um pontinho roxo na nova holanda? É a Redes da Maré”.

Durante a pandemia, Helio trabalhou com a produção de informações no Maré de Notícias e para ele o maior desafio foi o de transmitir as informações corretas diante de tanta novidade que o vírus trouxe para a vida das pessoas; além do combate às fakenews. Nos dias que colaborou com a distribuição de cestas básicas, também viu e ouviu coisas que o impactaram.

Para o jornalista, o trabalho da Redes da Maré é fundamental e preenche uma lacuna no território. “Quando se pensou da Maré ter UPP, ouvi que seria difícil porque aqui temos muitas instituições, como a Redes. E acho que elas têm um papel fundamental, pois os governantes não olham como deveriam para a Maré, falta muita coisa”. Helio destaca a pluralidade de organizações que atuam no território e contemplam iniciativas de esporte, educação, cultura, entre outras. Lembra que a Redes tem o diferencial de trabalhar com vários eixos, além da comunicação. Ele destaca um momento de extrema importância para o território que contou com a atuação da organização: a mobilização para garantia de mais escolas públicas, com o projeto Maré que Queremos.

Sobre o futuro, Helio avalia: “acho que o Brasil está dividido: existem pessoas que estão se cuidando, mas outras não. É muito difícil sabermos como tudo vai ser em 2021, mas economicamente vai ser muito ruim, o desemprego vai continuar sendo grande.” Vamos lutar juntos para melhorar esse cenário, Helio!

 

 

 

 

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2020.

 

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