Com uma parceria entre o eixo Direito à Saúde e a Casa Preta da Maré, a ideia do projeto ‘Cartilha sobre o coração: saúde da população negra da Maré' é promover o acesso à informação e ferramentas a pacientes que possuem diagnóstico de insuficiência cardíaca ou que fazem parte de grupo de risco para a doença (hipertensos e diabéticos). O objetivo é que esses usuários e suas famílias sejam ativos no seu tratamento e na formulação de políticas e ações para o melhor cuidado e assistência em todo o Conjunto de Favelas da Maré. A iniciativa tem como público-alvo principal a população negra, em especial mulheres e idosos.
A partir desse período, será construída, de forma participativa, uma cartilha voltada para as demandas dos mareenses no acesso à informação, orientações sobre formas de tratamento de insuficiência cardíaca, além de serviços de atendimento especializado à disposição. Com distribuição prevista de 2.000 exemplares, a publicação sistematiza as dúvidas e direitos da população e garante assim a difusão da informação.
Parte de um processo de diálogo e construção conjunta com os moradores, o projeto possibilitará um melhor conhecimento da saúde cardiovascular da população negra da Maré, identificando questões, problemas e soluções que sirvam de base para pensar ações futuras no atendimento dessa população.
Além disso, contribuirá para uma melhor compreensão sobre direitos da população e sua capacidade de se mobilizar para garantir o acesso a esses serviços.
CARTILHA DO CORAÇÃO
Essa cartilha é resultado de um processo colaborativo com a população da Maré. Através da parceria com as unidades de saúde, mobilizadoras do projeto promoveram grupos focais nas unidades com usuários com insuficiência cardíaca ou que estão no grupo de risco para desenvolver a condição. Os grupos trouxeram três grandes questão que envolvem a relação dos usuários com suas condições crônicas: ( Tratamento, Habitos-Estilo de vida e Dificuldades).
Dados do Censo Maré mostram que a população do Conjunto de Favelas da Maré é majoritariamente negra (62,1%) e feminina (51%).
Também indicam que mais de 80% da população da Maré não têm acesso a planos de saúde privados, o que significa, na prática, que os moradores dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, surge a necessidade de fortalecer e melhorar o atendimento nas unidades.
Nesse sentido, dados apresentados na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (2017) apontam que a população negra é especialmente vulnerável a doenças crônicas como diabetes e hipertensão e que estas tendem a ser mais complicadas quando incidem sobre essa população. Além disso, a dificuldade de acesso a serviços de saúde, maior propensão ao estresse e pior qualidade de vida são fatores de agravamento desse quadro.
A pesquisa “Desigualdades raciais e de renda no acesso à saúde nas cidades brasileiras” (2023), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta que há desigualdades de acesso principalmente em unidades de alta complexidade.
Como o projeto acontece?
Coordenações de eixo:
Everton Pereira e Luna Arouca (Direito à Saúde)
Pamela Carvalho e Marcos Diniz (Arte, Cultura, Memórias e Identidades)
Coordenação da Casa Preta da Maré:
Fernanda Viana e Carlos André
Coordenação do projeto:
Millena Ventura e Tiago Blanc (Casa Preta da Maré)
Carolina Dias (Eixo de Direito à Saúde)
Mobilizadoras:
Isabela Lima
Raíssa Araujo
Suelen Paim
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